terça-feira, 29 de março de 2016

VEJAM ALUNOS DO CURSO DE PSICOLOGIA
VAMOS LER E DEBATER SOBRE ESTE ESTUDO DE CASO
UM FORTE ABRAÇO A TODOS

Estudo de Caso Ilustrado O ambiente: Crise na Aldeia Global Em março de 1991, tropas iraquianas se retiraram do Kuwait, mas não antes dos soldados abrirem oleodutos que lançaram milhões de litros de petróleo no Golfo Pérsico, enquanto outros ateavam fogo em centenas de poços de petróleo. Especialistas previram que seria necessário pelo menos um ano para se apagarem os incêndios e para se limpar o ar da fumaça negra e espessa que transformara o dia em noite. Enquanto os pais kuwaitianos se preocupavam com a saúde dos filhos, os ambientalistas tentavam avaliar o dano potencial ao Kuwait e à Terra Graças à tecnologia eletrônica, milhões de pessoas viram os danos pela TV - as ondas arrebentando cobertas de óleo, as ovelhas com a lã ensopada, os pássaros marinhos mortos ou agonizantes - lembrando a todos na "aldeia global" que nossa Terra é realmente pequena, e que suas partes são proximamente inter-relacionadas Esse foi apenas o último de uma série de eventos que estão deixando os administradores conscientes de que suas ações afetam o futuro do planeta e, muito provavelmente, as vidas dos filhos de seus filhos. Considere apenas mais alguns desastres: o vazamento de petróleo do Exxon Valdez: a explosão e o incêndio no reator nuclear soviético em Chernobyl, que lançou partículas radiativas sobre partes da União Soviética e dos países escandinavos; a chuva ácida que cai sobre as florestas do norte dos Estados Unidos e partes da Europa; e a destruição das florestas tropicais na América do Sul pelos loteadores, mesmo com o alerta dos ambientalistas de que essas vastas florestas são vitais para despoluir o ar e são uma rica fonte de plantas medicinais potencialmente benéficas. Esses eventos ocorrem em acréscimo ao abuso diário imposto ao planeta. a cada hora, mais de 150 milhões de árvores são derrubadas. Nos Estados Unidos, 900 toneladas de esgoto não-tratado são bombeados para o oceano. Os soviéticos lançam quase 740.000 litros de rejeitos químicos só no Mar Cáspio. Carros e caminhões consomem mais de 22 milhões de litros de combustível e lançam 90.000 toneladas de monóxido de carbono no meio ambiente. A pressão conjunta de grupos ambientalistas, órgãos do governo e administradores preocupados levou a uma quantidade de mudanças no modo como as empresas operam. Tome, por exemplo, a grande preocupação que cientistas e grandes segmentos da população expressaram sobre o efeito estufa - o aquecimento da superfície terrestre devido ao aumento do dióxido de carbono e aos danos à camada de ozônio. Em resposta, os Estados Unidos, a União Soviética e vários outros países fizeram um acordo internacional para parar de fabricar os clorofluocarbonos (CFCS) até o ano 2.000. Foi provado que o CFC, uma substância usada em carros e na fabricação de geladeiras e aparelhos de ar condicionado, prejudica a camada de ozônio que protege a Terra dos raios do sol. Respondendo à pressão dos cientistas, a Du Pont, maior produtora americana de CFCS, concordou em reduzir seu uso do produto, uma decisão seguida voluntariamente por várias outras grandes empresas. Outros acordos internacionais envolvendo a degradação do solo, a produção e o despejo de resíduos tóxicos e a chuva ácida são todos itens da agenda internacional. Mais importante, os administradores estão começando a mudar suas prioridades. Estão tentando prever e prevenir os problemas ambientais de uma forma pró-ativa, ao invés de reagir apenas depois da ocorrência de uma crise Questões 1. Dado o impacto que as práticas empresariais têm sobre o globo, que tipos de controle ou de autoridade devem influenciar ou controlar as atividades empresariais num país específico? 2. Se os administradores de uma empresa perceberem que suas operações têm um impacto potencialmente significativo sobre o meio-ambiente de um país estrangeiro onde planejem realizar negócios, o que devem fazer? 3. Se uma empresa realiza negócios num país estrangeiro que tem padrões mais baixos de emissão e de controle de poluição do que em seus país de origem, que padrões ela deve seguir? Fonte: STONER, James A F., FREEMAN, R. Edward, Administração. Rio de Janeiro: PHB, 1995

http://www.professorcezar.adm.br/Textos/O%20Ambiente%20Crise%20na%20Aldeia%20Global.pdf
OLÁ ALUNOS, BOA TARDE , ALUNOS DE RH ,  SEGUE ABAIXO UM BELO ESTUDO DE CASO ,
DATA DE POSTAGEM MÁXIMA ATÉ O DIA 17/04/2016



Estudo de Caso Ilustrado Administrando o Ambiente na McDonald’s Uma população cada vez mais consciente da relação entre sal, gordura na alimentação e saúde, junto a preocupações com o meio ambiente e uma queda no ímpeto das vendas, estão forçando a McDonald’s a olhar de modo diferente o mercado de refeições rápidas que ela dominou durante tantos anos. Considere as estatísticas da McDonald’s, a maior cadeia americana de fast-food. Apesar das vendas em 1990 terem passado de 18 bilhões de dólares, quase um terço desse valor veio de operações em outros países. As vendas domésticas, em contraste, estão estabilizando, e a percentagem de crescimento vem se reduzindo há oito trimestres seguidos. Depois de um desempenho ruim no segundo trimestre de 1990, os analistas de valores da Prudential Bache baixaram o status da McDonald’s, sugerindo vender suas ações ao invés de mantê-las, mesmo com a classificação da empresa como uma das 500 da revista Fortune e com sua inclusão na Dow-Jones 30 Industrials. O que os críticos podem não estar vendo, entretanto, é a tradição de resiliência da McDonald’s, sua conhecida agilidade em encontrar soluções para problemas difíceis. Um problema é enfrentar o objetivo tradicional de abrir mais 500 unidades a cada ano, numa época em pontos de vendas bem localizados estão se tornando escassos e caros. (para a McDonald’s a expressão bem localizados significa que eles podem usar de padrões de demografia e de tráfego para prever se local irá gerar uma certa quantidade de dólares por ano). O custo de abrir uma nova loja cresceu em 10,2% em 1989, mas as vendas subiram apenas 1,6% no mesmo período. Essas considerações vêm a muito impedindo a McDonald’s de se expandir para muitas cidades menores. A solução? A empresa está experimentando um conceito de restaurante para as cidades pequenas da década de 1950 e abriu o primeiro Golden Arch Café em Hartsville, Tennessee, em 1989. O fato de não usar o nome da McDonald’s dá à empresa mais liberdade para experimentar novas idéias, dizem os administradores. Outro problema é a crescente competição da Pizza Hut, pertencente á pepsi Co., da Taco Bell e da Kentucky Fried Chicken, que oferecem menu variados. Em resposta, a McDonald’s está acelerando a introdução de novos itens no cardápio. Tradicionalmente, ela testava a venda de novos itens do cardápio durante uma média de cinco anos antes de introduzi-los em nível nacional, mas agora está testando alguns itens mais saudáveis, que não contêm hambúrguer, com planos de levar mais promissores para distribuição em todo país o mais rápido possível. A McDonald’s também precisou enfrentar críticas quanto ao conteúdo de gordura em seu cardápio. Em resposta passou a usar apenas óleo vegetal em suas famosas batatas fritas e reduziu a quantidade de gordura nos hambúrgueres, introduzindo em abril de 1991 o McLean de Luxe, 91% livre de gordura. Reduziu em 30% o sódio em suas panquecas e tirou também o glutamato monossódico de seus chicken Mc-nuggets. Como diz Ed Rensi, COO (Chief Operating Officer) da McDonald’s, “deixamos as condições de mercado, o meio ambiente e nossos clientes nos guiarem estrategicamente.” Agora a empresa está no processo de seguir outro “guia" ambiental, abandonando suas embalagens de espuma plástica. A decisão de passar a usar embalagens de papel, em substituição às de isopor, foi difícil, cara e ainda continua sujeito a controvérsias. A empresa tem uma história de preocupação ambiental, e inicialmente das embalagens de papel para as de isopor em meados dos anos 70, quando pesquisadores insistiram na redução da quantidade de papel usado, para impedir a devastação das florestas. Nos anos 80 a empresa reduziu ainda mais o lixo sólido, diminuindo a espessura de seus canudinhos e embalagens. A McDonald’s tornouse a primeira empresa a assinar um acordo voluntário, em 1987, para abandonar o tipo de poliestireno (espuma plástica) que é fabricado com o uso de clorofluorocarbonos (CFC), prejudiciais a camada de ozônio. Ainda assim, a companhia era criticada pela quantidade de lixo sólido que gerava, inclusive uma quantidade anual de 20.000 toneladas de lixo 2 de poliestireno. A McDonald’s assumiu a liderança na reciclagem, iniciada em Massachusetts o que provavelmente o maior programa do mundo. Ali, o poliestireno proveniente de 450 lojas McDonald’s de New England era convertido em resina plástica e vendido a empresas fabricantes de produtos plásticos, inclusive as bandejas da próprias McDonald’s. A companhia se comprometeu a gastar 100 milhões de dólares por ano nos dois anos seguintes em esforços de reciclagem. Em seguida embarcou num programa destinado a educar a população americana sobre a reciclagem de poliestireno. Os estudos iniciais mostraram uma participação de 70% dos consumidores dentro das lojas. Os críticos diziam, entretanto, que mesmo a espuma plástica sem o CFC podia prejudicar a atmosfera durante o processo de fabricação. Além disso, afirmavam, a reciclagem só funcionava para as refeições feitas nas lojas; mais da metade das vendas da McDonald’s é para viagem. Em resposta, os fabricantes de plásticos argumentavam que o consultor externo contratado pela McDonald’s descobriu que o material não continha substâncias tóxicas, gastava menos energia do que o papel para ser produzido e não exigia o corte de árvores. Mas o protestos continuaram. Em outubro de 1990, a Eart Action Network quebrou vitrines e vandalizou uma loja em San Francisco. Um movimento de crianças de escola, chamado de Kids Against Polystyrene (“crianças contra o poliestireno”) insistia para que as pessoas boicotassem a McDonald’s. Foi iniciada uma campanha de devolução (Sand-It-Back), encorajando os consumidores a mandar pelo correio suas embalagens de styrofoam para a sede da corporação em Oak Brook, Illinois. Em agosto de 1990, a empresa anunciou uma aliança estratégica com o fundo de Defesa Ambiental, baseado em Washington, D.C., para produzir o primeiro estudo conjunto sobre o problema do lixo nos serviços de alimentação. O resultado foi um programa ambicioso de 42 iniciativas para produzir o lixo da McDonald’s e o impacto ambiental de determinadas práticas, como o uso de sacos de papel alvejado. A mudança mais notável foi o abandono, em novembro de 1990, das embalagens de isopor em formato de concha, características da McDonald’s, em favor das de papel. Ironicamente, as embalagens de papel para sanduíche não podem ser recicladas. Entretanto, elas irão reduzir o volume de lixo em 90%; o material continuará indo para aterros sanitários, mas ocupará menos espaço. Além disso a McDonald’s está lançado um programa de reciclagem para reduzir o lixo produzido atrás dos balcões, que representa 80% do lixo gerado numa loja McDonald’s. (Um terço é representado pelas caixas de papelão corrugado usadas para transporte de suprimentos). A filosofia que orienta a McDonald’s, criada por seu fundador Ray Kroc, é que o cliente é o rei. Hoje em dia, entretanto, essa linha mestra parece menos clara, já que não há “uma voz” que fale pelo mercado. Atualmente a McDonald’s, junto com outras corporações, está descobrindo que suas decisões devem refletir as opiniões de muitos stakeholders Fonte: STONER, James A F., FREEMAN, R. Edward, Administração. Rio de Janeiro: PHB, 1995 Questões 1. A McDonald’s tomou a decisão certa com relação a reciclagem? 2. Se fosse você a tomar a decisão, o que teria escolhido fazer? Por quê? 3. A McDonald’s interpretou corretamente as preocupações ambientais que chegavam a ela? 4. Por que seus esforços iniciais de educação e reciclagem não foram muito bem sucedidos? 5. Observe os elementos do ambiente de ação indireta. Que variável ou variáveis tiveram um papel importante ao influenciar as decisões da McDonald’s? 6. A McDonald’s respondeu à variável ou às variáveis correta(as)

http://www.professorcezar.adm.br/Textos/McDonalds.pdf
estudo de caso

vejam alunos

disciplina LOGÍSTICA


A recomendação de leitura de hoje é o livro Gestão da cadeia de suprimentos e logística, de David Closs, autor de inúmeroslivros e artigos na área de logística e gestão da cadeia de suprimentos.
Entender como a logística pode e deve criar valor para impulsionar os negócios das empresas é indispensável para qualquer executivo, empresário, engenheiros ou administrador.
Gestão da Cadeia de Suprimentos e LogísticaA logística hoje está em todos os campos de atividades empresariais e é básica. Nesta obra os autores mostram de forma clara e objetiva como os executivos podem liderar processos de mudanças elaborando planos estratégicos apoiados na logística para dar suporte ao atendimento as expectativas dos clientes maximizando os resultados.
Numa análise final, os autores mostram nesta obra que “o desafio do gerenciamento logístico é superar a perspectiva funcional tradicional para ajudar a coletar e promover a necessidade de os gerentes reinventarem o que significam.
O que deveriam significar é simples: atender aos clientes. Embora às vezes seja difícil entender por que, o fato é que a maioria das empresas necessita de transformações significativas para reposicionar recursos com o intuito de alcançar melhor esse objetivo básico.
O gerente logístico do futuro será muito mais um líder de mudanças e muito menos um técnico. O desafio da mudança será impulsionado pela necessidade de sincronizar a velocidade e a flexibilidade da competência logística com o processo de gerar valor para o cliente.”
Desta forma, esta obra é indispensável para os curso de pós-graduação e graduação assim como para todos os executivos do hoje e do amanhã.

http://www.logisticadescomplicada.com/gestao-da-cadeia-de-suprimentos-e-logistica/
ESTUDO DE CASO
TURMAS DA DISCIPLINA DE LOGÍSTICA

XIII SIMPEP – Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 2006 1/6 Administração da produção e gestão de operações no contexto da logística integrada e da supply chain management Werner Duarte Dalla (UFMG) wdd@cepead.face.ufmg.br Lucilio Linhares Perdigão de Morais (UFMG) llpm@cepead.face.ufmg.br Resumo: A logística se consolidou no cotidiano das organizações a partir da década de 1990 devido a sua relevância para a obtenção de vantagens competitivas. Mas como ocorreu esta consolidação, e de que forma se consegue obter vantagens a partir de uma administração eficiente da produção e sua distribuição? O presente trabalho pretende abordar de modo sucinto a evolução histórica da logística, as estratégias de posicionamento logístico e de estruturação e fazer uma breve reflexão a respeito do tema, propondo um possível problema de pesquisa com seu respectivo design. Palavras-chave: Administração da produção; Supply Chain Management; Logística; Evolução. 1. Introdução A explosão do serviço ao cliente, a compressão do tempo, a globalização da indústria e a integração organizacional têm exigido cada vez mais das organizações a procura pela obtenção de vantagens competitivas – “posição de superioridade duradoura sobre os concorrentes, em termos de preferência do cliente” (CHRISTOPHER, 1997) – de forma a possibilitar que os clientes percebam valor diferenciado no que está sendo ofertado. Dessa forma, a logística se caracteriza como uma importante área que contribui estrategicamente para “diminuir o hiato entre a operação e a demanda” (BALLOU, 1993, p.17), possibilitando uma maior eficiência do processo de produção e concretizando as promessas de marketing e vendas. A logística surgiu ligada a operações militares, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, em 1950, e inicialmente era vista apenas como custo agregado aos produtos. Antes dessa data, as empresas fragmentavam suas atividades de compras, de administração de estoques, de processamento de pedidos e de transportes em diversas gerências, não havendo uma preocupação com as atividades-chave da logística (BALLOU, 1993, p.28). Essas atividades começam a se apresentar importantes quando o enfoque das organizações é transferido da produção para o atendimento às necessidades dos clientes. Dessa forma tornam-se explícitos os valores agregados pela logística. O distanciamento espacial entre a matéria prima e a produção, entre esta e o consumidor, entre outros motivos, suscita a necessidade de transporte e, conseqüentemente, do valor de lugar da logística, que tem como premissa fundamental simplificar os fluxos de transação. Este valor somente é percebido quando a mercadoria é colocada no lugar desejado pelo cliente. Outro valor auferido pela logística é o de tempo, tendo em vista o elevado custo monetário das cargas transportadas e a necessidade dos clientes de atendimento em prazos cada vez mais curtos. Para complementar, têm-se a qualidade e a informação como pressupostos básicos das funções da logística, que ampliam o valor percebido pelo cliente. Além das preocupações com seus valores, a logística preconiza eliminar do processo tudo que não agrega valor a cliente. Dessa maneira, Novaes (2001, p.37) aponta que o objetivo fundamental da logística é “satisfazer as necessidades e preferências dos consumidores finais.” Deve-se ponderar tal afirmação, tendo em vista que a integração logística atual preconiza o ganha-ganha, ou seja, não adianta satisfazer as necessidades dos clientes em XIII SIMPEP – Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 2006 2/6 detrimento da cadeia de suprimentos. 2. A evolução histórica da logística De acordo com Novaes (2001, p.41) a evolução da logística pode ser dividida em quatro fases. Tem-se que esta é uma forma mais didática e clara de perceber a evolução desta, mas as datas e sua seqüência não se aplicam a qualquer organização, tendo em vista que fatores necessários para que ocorram tais mudanças – como (1) a modernização da estrutura organizacional, (2) a interligação pela TI de todos os parceiros da cadeia e (3) a implantação de sistemas de custo adequados aos objetivos – não são observados ao mesmo tempo em todas as organizações. Mesmo assim, é de extrema importância entender não somente as fases, mas também os pontos falhos de cada uma delas. A primeira fase é caracterizada pela Atuação Segmentada, que teve início após a segunda guerra mundial (1940-1950) e apresentava a formação de estoques como elementochave (pulmão) para balanceamento da cadeia de suprimento. Como apresentado por Christopher (1997) havia cadeias de suprimento onde os processos que agregam valor ao cliente não passavam de 10% de todo o tempo de avanço. Percebe-se que nesse momento, a racionalização da cadeia de suprimentos era resultante da otimização individual de cada componente, o que remetia a uma ineficiência global do sistema. Na Integração Rígida, a qual percorre as décadas de 1960-1970, os processos produtivos se tornam mais flexíveis e há o aumento da oferta de produtos e de opções. Iniciase a utilização da multimodalidade, como forma de redução dos custos de transporte, e a introdução da informática, usada na otimização de estoques, seqüenciamento da produção e definição de localização ótima dos centros de distribuição. Apesar de já haver uma iniciativa de racionalização rígida do sistema integrado da cadeia de suprimentos – utilizando de MRP e MRP II – este período é marcado pela falta de flexibilidade do planejamento, o que incorria em perdas para o sistema quando da ocorrência de alterações das demandas de clientes (internos e externos) e fornecedores. É caracterizada como integração “Tubo de PVC”. A terceira fase do desenvolvimento da logística é a Integração Flexível, que ocorre na década de 1980 e ainda apresenta uma integração limitada entre as empresas (duas a duas). Entretanto, há uma maior flexibilidade entre os componentes da cadeia de suprimentos, a partir da inserção do conceito de cadeia de suprimentos (Supply Chain). O relacionamento entre os elementos da cadeia passa a ser através do EDI (Eletronic Data Interchange), o que possibilita a ação integrada da cadeia a partir da facilidade e disponibilidade de informações. Começa-se a considerar a existência de consumidores internos e prega-se o conceito estoque zero. Segundo Novaes (2001), essa fase também é chamada de “Mangueira Flexível”. Na última fase, Integração Estratégica, a logística é vista de uma forma estratégica e passa-se a considerar soluções novas para a cadeia de suprimentos, tais como o Postponement – que visa a redução dos prazos e das incertezas ao longo da cadeia – e as empresas virtuais (agile enterprises). Introduz-se o conceito de Gerenciamento (management) da cadeia de suprimentos, constituindo o Supply Chain Management - SCM. Nesta etapa as organizações buscam a formação de parcerias entre fornecedores e clientes ao longo da cadeia de suprimentos, estabelecendo acesso mútuo às informações operacionais e estratégicas, e a aplicação de esforços de forma sistemática e continuada com o intuito de melhorar o nível de serviço e reduzir custos, proporcionando uma maior satisfação do consumidor final. Nota-se que nesta última fase o que se almeja é a eficiência da cadeia como um todo, e não de apenas um integrante. A SCM é o conceito mais atual de integração dos processos de produção e que mais agrega valor ao produto ou processo, na percepção do cliente. Para Christopher (1997) esta se diferencia dos demais, pois enxerga a cadeia de suprimentos como XIII SIMPEP – Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 2006 3/6 entidade única (não segregando em áreas funcionais), tem o suprimento como objetivo compartilhado por toda a cadeia, fornece uma perspectiva diferente de estoque (o qual é visto como último recurso) e prega uma abordagem de sistema (onde se constata a integração e não a interface). No entanto, ao avaliar as empresas brasileiras, Novaes (2001, p. 54) aponta que estas se encontram basicamente na primeira ou segunda fase do desenvolvimento logístico e que esse atraso se deve, principalmente, (1) à estrutura organizacional inadequada, (2) à base informacional inadequada; (3) à concentração de esforços nas funções puramente financeiras; (4) à recessão do país, que implica na redução a demanda de produtos; (5) à dificuldade de estabelecimento de parcerias com elementos da cadeia; e (6) a um sistema de custos ineficiente e sem integração. Para que se consiga implantar esta estrutura integrada do processo de produção e logística, possibilitando a economia de custo total para determinado nível de serviço, é necessária a definição das estratégias de posicionamento logístico e de estruturação. 3. Estratégias de posicionamento logístico e estruturação Atualmente, a busca pela integração das operações de produção e logística é essencial para se garantir a competitividade das empresas, as quais são constantemente pressionadas para reduzir o nível de estoque, agilizar o atendimento ao cliente e customizar seu produto/serviço em massa. Para que esta integração ocorra de maneira articulada e a organização consiga potencializar alguma das duas formas de vantagem competitiva pregadas por Porter 1 (1986) e, posteriormente, trazidas para logística por Christopher (1997, p. 2) – diferenciação de seus concorrentes e operação em baixo custo –, as organizações devem decidir sobre o posicionamento estratégico mais adequado para o seu contexto. Essa decisão, de acordo com Wanke (2003, p. 58), abrange cinco tópicos essenciais, denominados “categorias de decisões”, que são: coordenação do fluxo de produtos, política de produção, alocação de estoques, dimensionamento da rede de instalações e escolha dos modais de transporte. Com relação à coordenação do fluxo de produtos a importante decisão a ser tomada diz respeito ao responsável pelo acionamento do fluxo de produtos, o qual pode ser o elo da cadeia que se encontra mais próximo cliente – e dessa forma considera-o como puxado – ou o elo mais próximo do fornecedor dos insumos – onde o fluxo é chamado de empurrado. Esta decisão está intrinsecamente relacionada com a visibilidade da demanda e o lead time (tempo de ciclo de ressuprimento) da organização, onde, quanto menor o lead time e maior a visibilidade da demanda, mais próxima estará a organização de optar por um fluxo puxado. Caso contrário, tende-se a preferir um fluxo empurrado. Esta é a decisão mais importante a ser realizada, pois determina as demais estratégias da organização. A política de produção a ser adotada pode ser contra-pedido (make to order, egeneering to order ou assembled to order) ou voltada para estoque (make to stock). A organização deve optar pela mais otimizada, considerando o grau de perecibilidade e obsolescência dos produtos e o custo adicionado total. Quanto maior a obsolescência e o custo adicionado, pende-se para uma produção contra-pedido, enquanto que o aumento da perecibilidade implica em tendência a optar por uma produção para estoque. A escolha da alocação dos estoques depende das características do produto - densidade de custos, perecibilidade e obsolescência - e da demanda - giro do estoque e amplitude de vendas -, tendo como alternativas a centralização ou descentralização. Tem-se que o redução da amplitude de vendas e da densidade de custos contribuem para uma decisão de descentralização de estoques. O dimensionamento da rede de instalações está associado com a alocação dos XIII SIMPEP – Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 2006 4/6 estoques, sendo possível a construção de muitas unidades (onde se percebe seu caráter descentralizado de alocação de estoques) ou a adoção de uma ou poucas unidades (que caracterizam a centralização do estoque). Esta decisão é importante, pois impacta o nivel de serviço, os gastos com transporte e armazenagem e os custos de oportunidade. Por fim, para se completar o posicionamento da organização frente a sua operação logística, deve-se decidir sobre o modal de transporte a ser utilizado, onde a existência de um trade off entre preço/custo e desempenho é o principal fator de decisão. Usualmente, são adotados modais mais lentos e baratos (ferroviário e marítimo) para transporte de grandes carregamentos, enquanto que são adotados modais mais rápidos e caros (aéreo e rodoviário) para cargas com alta densidade de custo e para demandas mais variáveis. Pode-se notar que todas as decisões acima tomadas estão interligadas, tendo como ponto decisivo a opção adotada para o fluxo de produção, idealizando a maximização a eficiência da cadeia, de forma a otimizar o custo de oportunidade de manutenção de estoque. Percebe-se que a opção pelo fluxo empurrado, geralmente remete a organização a produzir para estoque, descentralizando-o em muitas redes de instalações e adotando modais mais baratos para transporte dos produtos. Nesse posicionamento, a possibilidade de falta do produto para o cliente obriga as organizações fazerem previsão de vendas, produzindo de forma a constituírem maiores estoques, entretanto, minimizando o custo com a distribuição. Já no fluxo puxado, tem-se a condição mais ideal no que tange a possibilidade de redução de estoques, tendo em vista que o elo direcionador está mais próximo do cliente, recebendo uma informação mais real, e a cadeia de suprimentos consegue produzir em curto prazo, de modo a não afetar o tempo de espera aceito pelo consumidor. Sua produção pode ser contra-pedido ou para estoque. No caso de feito contra-pedido, seu estoque tenderá a ser centralizado em uma ou poucas redes de instalações e serão utilizados modais mais rápidos e caros (rodoviário e aéreo). Mesmo tendo definido qual o posicionamento logístico mais adequado para a cadeia de suprimentos, isso somente não é sinônimo de alta performance. De acordo com Fisher (1977, p.106) a prática apresenta disfunções que somente são corrigidas a partir do momento que o gestor adota uma estratégia adequada para sua situação. Essa estratégia esta relacionada com o tipo de produto que é comercializado pela organização e que podem ser classificados como funcionais ou inovadores. Produtos funcionais são mercadorias de necessidades básicas (commodities). Geralmente apresentam uma demanda constante e estável e longos ciclos de vida, o que convida à competição, geralmente com baixa lucratividade. Produtos inovadores são aqueles que apresentam falta de previsibilidade da demanda e curtos ciclos de vida, no entanto sua margem de contribuição é mais significativa. O sucesso de um produto inovador depende da aceitação dos consumidores no que tange à mudança de algo em seus valores ou estilo de vida. Tem-se que, tipos diferentes de produtos implicam em cadeias de suprimentos distintas. Dessa forma, as estruturas podem ser voltadas para uma cadeia de suprimentos (1) calcada na eficiência ou (2) baseada na responsividade (disponibilidade). Para caracterizar os tipos de cadeias devem-se considerar suas duas funções: a de custos físicos – custos de produção, transporte e armazenagem de estoque – e a de custos de mediação do mercado – onde os custos aumentam quando a produção excede a demanda e os produtos são vendidos abaixo do preço; ou quando a produção é inferior à demanda, resultando em perda de vendas e gerando insatisfação dos consumidores. A demanda previsível dos produtos funcionais facilita a mediação de mercado. Este tipo de produto gera estoque, tendo como enfoque a redução dos custos através da implantação de sistemas por toda a cadeia, postergando a montagem do produto. Para estes produtos preconiza-se uma cadeia de suprimentos eficiente, com uma melhor coordenação XIII SIMPEP – Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 2006 5/6 através dos limites das agentes da cadeia – fornecedores e distribuidores. Já nos produtos inovadores a incerteza do mercado gera stockouts. As altas margens de lucro e a importância de ganhar market share para o produto novo aumentam os custos de armazenagem. O curto ciclo de vida dos produtos aumenta o risco de obsolescência e o custo de excesso de mercadorias, o que, consequentemente, tornam os custos de mediação de mercado predominantes neste tipo de produto. O principal ponto de defesa destes produtos é reagir rapidamente às ameaças externas, o que torna essencial uma perfeita comunicação do mercado para a cadeia. Neste caso a decisão a tomar será em que parte da cadeia deve-se posicionar os estoques de forma a minimizar o custo e se proteger contra a demanda. Necessita-se então dos fornecedores mais rápidos e flexíveis, ao invés de mais baratos. Para produtos inovadores deve-se desenvolver uma cadeia de suprimentos responsiva de forma a oferecer a melhor solução para cada situação. Para se caminhar nesta direção o Fischer (1977, p.114) aponta que o primeiro passo a ser dado é aceitar que a incerteza é inerente aos produtos inovadores e, a partir daí, empregar três arranjos estratégicos para gerenciar as incertezas: (1) continuar se esforçando para reduzir as incertezas (por exemplo, através da utilização de indicadores ou da utilização de componentes comuns a outros produtos funcionais); (2) evitar as incertezas, reduzindo o lead time e aumentando a flexibilidade da cadeia de suprimentos; (3) proteger contra a incerteza residual, com a utilização de estoques de amortecimento de demanda ou excesso de capacidade. Empresas que trabalham com produtos inovadores almejam a todo tempo uma “customização de massa”, ou seja, personalizar grandes volumes de produtos e entregá-los com preço semelhante aos de produção em massa. Tendo em vista que os produtos funcionais e inovadores podem ser basicamente os mesmos, algumas vezes as empresas podem gravitar de uma esfera funcional para uma esfera inovadora sem se atentar para isto, o que pode resultar em um desempenho abaixo do mercado. Tem-se que uma das principais falhas que as empresas geralmente cometem é trabalhar com produtos inovadores, mantendo uma cadeia de suprimentos eficiente, ao invés de aprimorar sua responsividade. Posto isso, pode-se concluir que a escolha inadequada do posicionamento aliado ao desalinhamento entre a estratégia do produto e da produção pode causar problemas de perdas financeiras e de insatisfação dos consumidores frente aos produtos, ou até mesmo, à organização. 4. Considerações finais e problemática de pesquisa Percebe-se que a logística tem se tornado cada vez mais fundamental para as organizações. Dessa forma, a formação cada vez mais freqüente de cadeias de suprimentos gerenciadas faz com que as organizações passem a competir não mais individualmente, mas sim através do desempenho de suas cadeias de suprimento. Entretanto, todas as perspectivas ora apresentadas de evolução e formação de cadeias de suprimentos preconizam a existência de uma grande organização que possua recursos suficientes para possibilitar a integração e o desenvolvimento de Pequenas e Médias Empresas (PMEs) participantes. Tende-se então a uma situação que apresente uma crescente oligopolização destas cadeias, tendo em vista que sua competitividade pode tornar inviável a participação de outras empresas, principalmente, das PMEs que não estão inseridas em nenhuma cadeia. Desse modo, surge a seguinte questão: De que forma as PMEs do setor automobilístico, situadas na região metropolitana de Belo horizonte, que não estão inseridas nas cadeias de suprimentos gerenciadas podem competir com as que estão inseridas, do ponto de vista de suas estratégias de posicionamento e estruturação? Para tanto, pode-se realizar uma pesquisa qualitativa, exploratória, através de um XIII SIMPEP – Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 2006 6/6 estudo de múltiplos casos de algumas PMEs do setor automobilístico da região metropolitana de Belo Horizonte. Deve-se analisar tanto PMEs que estão inseridas em SCM, quanto as que estão alheias. Esta pesquisa seria de extrema importância para caracterizar as estratégias atuais de atuação e estruturação das PMEs, posicioná-las de acordo com a evolução logística e propor alternativas, baseado nas teorias atuais, para que se tornem mais competitivas. 5. Bibliografia BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993. (cap. 1. “Logística – uma função essencial na empresa”). BAKER, Michael J. Administração de Marketing. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimento: estratégias para a redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira, 1997 (cap.1. “A logística e a estratégia competitiva”). CHRISTOPHER, M. A Logística do marketing: otimizando processos para aproximar fornecedores e clientes. São Paulo: Futura, 1999. p.8-40, 130-163. FISHER, Marshal L. What is the right supply chain for your product? Harvard Business Review, march-april, 1977, p. 105-116. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3a ed. São Paulo: Atlas, 1996. 159p NOVAES, A.G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro: Campus, 2001. (cap. 2. “Da logística ao supply chain management”). WANKE, P. Estratégia logística: conceitos implicações e análise da realidade brasileira. In: FIGUEIREDO, K. F.; FLEURY, P. F.; WANKE, P. (orgs). Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2003. Nota: 1 Michel Porter em seu texto “Competitive strategy”, de 1980, apresenta que uma organização pode diferenciarse de seus concorrentes de três formas, pelo enfoque, diferenciação e custo. No entanto, apesar de muito debatidos, apenas os dois últimos conceitos são realmente aceitos como formas de vantagens competitivas pelos acadêmicos, tal como expressa Christopher em seu livro “Logística e gerenciamento da cadeia de suprimento: estratégias para a redução de custos e melhoria dos serviços”, de 1997.

segunda-feira, 14 de março de 2016


Tecnologia em Logística - FAEC

Blog do Curso de Tecnologia em Logística da FAEC


Sábado, 23.02.13

A LOGÍSTICA EMPRESARIAL E SEUS ATUAIS DESAFIOS


Nas épocas mais antigas da história documentada da humanidade, as mercadorias mais necessárias não eram feitas perto dos lugares nos quais eram consumidas, nem estavam disponíveis nas épocas de maior procura. Tantos os alimentos e outras commodities eram espalhados pelas regiões mais distantes, sendo abundantes e acessíveis somente em determinadas ocasiões do ano. Este movimento de mercadorias fez se necessário o desenvolvimento deste transporte, bem como sua armazenagem e todo o sistema envolvido para satisfazer e desenvolver tais mercados consumidores. Os conflitos sempre existiram também nestas épocas, em proporcionalidade menor do que encontramos nos dias de hoje.
Para as Empresas, as atividades logísticas tomaram-se de grande importância, e desde sua origem uma exigência eficaz para gestão do negócio. Muitas empresas, de âmbito nacional ou internacional necessitam muitas vezes de mercados e produções aonde a distância não pode ser um fator limitador. Neste tipo de economia um sistema logístico bem-desenvolvido e barato certamente favorece um intercâmbio de mercadorias com outras áreas produtoras, favorecendo o desenvolvimento local. O grande desafio atual é encontrar soluções criativas para os problemas e solucionar os conflitos dentro das leis, regras e normas estabelecidas pela legislação e pelo mercado.

A LOGÍSTICA E SEUS ATUAIS CONFLITOS

Atualmente a Logística vem sendo afetada por alterações nos ambientes externos e internos, aonde a busca pela produtividade e pela redução de custos determinam a sobrevivência do negócio. O nível de qualidade de transporte e armazenagem atingiu níveis de excelência e a gestão eficaz dos recursos é pré-requisito para administradores da área, que precisam racionalizar o trabalho de uma maneira criativa com foco no melhor aproveitamento possível dos recursos.
Dentro deste sistema atual, novos custos estão surgindo e encarecendo as operações tanto de transporte quanto da armazenagem. Podemos citar como conflitos atuais, o Roubo de cargas, Leis que controlam a jornada de trabalho dos transportadores, trânsito congestionado, restrições de horário nas principais avenidas, dificuldade de entregas nos CD´s (Centros de Distribuições) são estes exemplos dos novos desafios dos profissionais para manter a estrutura do sistema.

a) Roubo de Cargas
O Roubo de cargas no Brasil, que vem avassalando os estados como principalmente o Rio de Janeiro só este ano cresceu 30 % em relação ao mesmo período de 2012. Já em São Paulo o aumento é de 39% comparado a Marco de 2011. Para evitar ainda mais as perdas financeiras, as empresas de transporte estão investindo pesado no gerenciamento de riscos, um mercado que já movimenta algo em torno de R$ 220 milhões ano. O gerenciamento de risco e sua estrutura contribuem para o aumento no custo do frete e conseqüentemente no custo das empresas, que acabam repassando em suas estruturas.
  
b) "Jornada de trabalho controlada" para os transportadores
Outro fator que desde Junho de 2012 vem trazendo problemas para o setor e conseqüentemente custos maiores é a lei 12.619/12 que objetiva disciplinar a jornada de trabalho e o tempo de direção do motorista que atua no transporte rodoviário de passageiros ou de cargas, seja ele pertencente ao regime CLT ou autônomo. Para controlar o tempo de trabalho dos profissionais, os contratantes esbarram nas dificuldades que derivam da própria característica itinerante da função, uma vez que o motorista trabalha na rua. A única certeza dos atacadistas e distribuidores é a de que esse controle exigirá um aumento de custo para as empresas em relação à frota. Dentro das incertezas desta medida, uma vez que o Brasil não tem estrutura suficiente, resta aos administradores questionarem o sistema e propor melhorias coerentes a realidade atual. Situações como está demonstram a falta de planejamento a médio e longo prazo dentro do Ministério de transportes, resultando e encarecendo nossos produtos e serviços. 

c) Trânsito congestionado e soluções encontradas
No mês de Agosto de 2012 foram vendidas mais de 400 mil unidades automotivas, através da redução de alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Isso quer dizer que no cenário atual, a falta de investimento na malha viária transforma nosso trânsito em um verdadeiro caos. A política atual do governo é clara no incentivo ao consumo para regular a economia e suas crises. O que de fato acontece é que os Administradores públicos locais começam a encaixar medidas para minimizar o problema do congestionamento do trânsito e soluções como a restrição de horários para tráfego de caminhões acaba sendo tomada como base para reduzir a lentidão do movimento na malha. Restrição de horário nas principais avenidas acaba reduzindo o tempo dos transportadores e embarcadores para executar suas tarefas, e com isso, aumentam seus custos com a dificuldade de entrega. A falta de planejamento das grandes cidades agrava a situação, devido ao crescimento desordenado e favorecem também ao aumento de custo do setor. A mais recente noticia da área é a nova taxa criada pelo setor, a taxa de restrição de trânsito (TRT) que visa ressarcir os custos adicionais com coletas e entregas em municípios que adotaram severas regras para a circulação de caminhões, como São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília, etc. E não para por aí, novas taxas decorrentes da complexidade estão surgindo como:
  • Taxa de dificuldade de acesso
  • Taxa de paletização ou unitização de cargas
  • Taxa para agendamento de entregas
  • Taxa pela estocagem temporária no terminal de cargas
  • Taxa para veiculo dedicado
  • Taxa para coletas ou entregas emergenciais
  • Taxa para coletas ou entregas em horários alternativos
  • Taxa para devolução / digitalização dos canhotos.
Como o mercado é competitivo, esta foi a solução de manter estas despesas fora do frete e cobrá-las através de taxas, evitando assim renegociações de preços entre cliente, embarcadores e transportadores.
Na prática todas elas correspondem a uma resposta ao aumento de custos, em função ao aumento da complexidade operacional, mas também pelos requerimentos de serviços adicionais impostos pelos clientes.

 O mercado moderno vem se tornando cada dia mais exigente, situação essa, que obriga inovações por parte das empresas, que precisam se destacar no meio de tantas. A Logística é considerada esse diferencial atualmente, um bom sistema logístico pode resolver grandes problemas e auxiliar na maximização de lucros, mas para isso as Empresas precisam implantar um sistema de acordo com as necessidades. Atualmente o grande desafio da logística é reduzir os desperdícios, desde espaço até produtos parados no estoque sem condições de venda e enfrentar os conflitos do setor com criatividade. As reduções de custos vêm com a eficiência dos processos, e a eficiência dos processos acontece com investimentos. A logística anda lado a lado com inovações, principalmente tecnológicas e para que esse setor atinja o máximo em funcionabilidade é indispensável os investimentos, afinal de contas uma empresa visa o lucro e a redução de gastos e a logística é uma ótima parceira para atingir esse objetivo.

(Colaboração Professor Márcio Milleo, orientador curso Tecnologia em Gestão Financeira) 


por INESUL às 23:53