ESTUDO DE CASO
TURMAS DA DISCIPLINA DE LOGÍSTICA
XIII SIMPEP – Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 2006
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Administração da produção e gestão de operações no contexto da
logística integrada e da supply chain management
Werner Duarte Dalla (UFMG) wdd@cepead.face.ufmg.br
Lucilio Linhares Perdigão de Morais (UFMG) llpm@cepead.face.ufmg.br
Resumo: A logística se consolidou no cotidiano das organizações a partir da década de 1990
devido a sua relevância para a obtenção de vantagens competitivas. Mas como ocorreu esta
consolidação, e de que forma se consegue obter vantagens a partir de uma administração
eficiente da produção e sua distribuição? O presente trabalho pretende abordar de modo
sucinto a evolução histórica da logística, as estratégias de posicionamento logístico e de
estruturação e fazer uma breve reflexão a respeito do tema, propondo um possível problema
de pesquisa com seu respectivo design.
Palavras-chave: Administração da produção; Supply Chain Management; Logística;
Evolução.
1. Introdução
A explosão do serviço ao cliente, a compressão do tempo, a globalização da indústria e
a integração organizacional têm exigido cada vez mais das organizações a procura pela
obtenção de vantagens competitivas – “posição de superioridade duradoura sobre os
concorrentes, em termos de preferência do cliente” (CHRISTOPHER, 1997) – de forma a
possibilitar que os clientes percebam valor diferenciado no que está sendo ofertado. Dessa
forma, a logística se caracteriza como uma importante área que contribui estrategicamente
para “diminuir o hiato entre a operação e a demanda” (BALLOU, 1993, p.17), possibilitando
uma maior eficiência do processo de produção e concretizando as promessas de marketing e
vendas.
A logística surgiu ligada a operações militares, principalmente após a Segunda Guerra
Mundial, em 1950, e inicialmente era vista apenas como custo agregado aos produtos. Antes
dessa data, as empresas fragmentavam suas atividades de compras, de administração de
estoques, de processamento de pedidos e de transportes em diversas gerências, não havendo
uma preocupação com as atividades-chave da logística (BALLOU, 1993, p.28). Essas
atividades começam a se apresentar importantes quando o enfoque das organizações é
transferido da produção para o atendimento às necessidades dos clientes. Dessa forma
tornam-se explícitos os valores agregados pela logística.
O distanciamento espacial entre a matéria prima e a produção, entre esta e o
consumidor, entre outros motivos, suscita a necessidade de transporte e, conseqüentemente,
do valor de lugar da logística, que tem como premissa fundamental simplificar os fluxos de
transação. Este valor somente é percebido quando a mercadoria é colocada no lugar desejado
pelo cliente. Outro valor auferido pela logística é o de tempo, tendo em vista o elevado custo
monetário das cargas transportadas e a necessidade dos clientes de atendimento em prazos
cada vez mais curtos. Para complementar, têm-se a qualidade e a informação como
pressupostos básicos das funções da logística, que ampliam o valor percebido pelo cliente.
Além das preocupações com seus valores, a logística preconiza eliminar do processo tudo que
não agrega valor a cliente. Dessa maneira, Novaes (2001, p.37) aponta que o objetivo
fundamental da logística é “satisfazer as necessidades e preferências dos consumidores
finais.” Deve-se ponderar tal afirmação, tendo em vista que a integração logística atual
preconiza o ganha-ganha, ou seja, não adianta satisfazer as necessidades dos clientes em
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detrimento da cadeia de suprimentos.
2. A evolução histórica da logística
De acordo com Novaes (2001, p.41) a evolução da logística pode ser dividida em
quatro fases. Tem-se que esta é uma forma mais didática e clara de perceber a evolução desta,
mas as datas e sua seqüência não se aplicam a qualquer organização, tendo em vista que
fatores necessários para que ocorram tais mudanças – como (1) a modernização da estrutura
organizacional, (2) a interligação pela TI de todos os parceiros da cadeia e (3) a implantação
de sistemas de custo adequados aos objetivos – não são observados ao mesmo tempo em
todas as organizações. Mesmo assim, é de extrema importância entender não somente as
fases, mas também os pontos falhos de cada uma delas.
A primeira fase é caracterizada pela Atuação Segmentada, que teve início após a
segunda guerra mundial (1940-1950) e apresentava a formação de estoques como elementochave
(pulmão) para balanceamento da cadeia de suprimento. Como apresentado por
Christopher (1997) havia cadeias de suprimento onde os processos que agregam valor ao
cliente não passavam de 10% de todo o tempo de avanço. Percebe-se que nesse momento, a
racionalização da cadeia de suprimentos era resultante da otimização individual de cada
componente, o que remetia a uma ineficiência global do sistema.
Na Integração Rígida, a qual percorre as décadas de 1960-1970, os processos
produtivos se tornam mais flexíveis e há o aumento da oferta de produtos e de opções. Iniciase
a utilização da multimodalidade, como forma de redução dos custos de transporte, e a
introdução da informática, usada na otimização de estoques, seqüenciamento da produção e
definição de localização ótima dos centros de distribuição. Apesar de já haver uma iniciativa
de racionalização rígida do sistema integrado da cadeia de suprimentos – utilizando de MRP e
MRP II – este período é marcado pela falta de flexibilidade do planejamento, o que incorria
em perdas para o sistema quando da ocorrência de alterações das demandas de clientes
(internos e externos) e fornecedores. É caracterizada como integração “Tubo de PVC”.
A terceira fase do desenvolvimento da logística é a Integração Flexível, que ocorre na
década de 1980 e ainda apresenta uma integração limitada entre as empresas (duas a duas).
Entretanto, há uma maior flexibilidade entre os componentes da cadeia de suprimentos, a
partir da inserção do conceito de cadeia de suprimentos (Supply Chain). O relacionamento
entre os elementos da cadeia passa a ser através do EDI (Eletronic Data Interchange), o que
possibilita a ação integrada da cadeia a partir da facilidade e disponibilidade de informações.
Começa-se a considerar a existência de consumidores internos e prega-se o conceito estoque
zero. Segundo Novaes (2001), essa fase também é chamada de “Mangueira Flexível”.
Na última fase, Integração Estratégica, a logística é vista de uma forma estratégica e
passa-se a considerar soluções novas para a cadeia de suprimentos, tais como o Postponement
– que visa a redução dos prazos e das incertezas ao longo da cadeia – e as empresas virtuais
(agile enterprises). Introduz-se o conceito de Gerenciamento (management) da cadeia de
suprimentos, constituindo o Supply Chain Management - SCM. Nesta etapa as organizações
buscam a formação de parcerias entre fornecedores e clientes ao longo da cadeia de
suprimentos, estabelecendo acesso mútuo às informações operacionais e estratégicas, e a
aplicação de esforços de forma sistemática e continuada com o intuito de melhorar o nível de
serviço e reduzir custos, proporcionando uma maior satisfação do consumidor final.
Nota-se que nesta última fase o que se almeja é a eficiência da cadeia como um todo, e
não de apenas um integrante. A SCM é o conceito mais atual de integração dos processos de
produção e que mais agrega valor ao produto ou processo, na percepção do cliente. Para
Christopher (1997) esta se diferencia dos demais, pois enxerga a cadeia de suprimentos como
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entidade única (não segregando em áreas funcionais), tem o suprimento como objetivo
compartilhado por toda a cadeia, fornece uma perspectiva diferente de estoque (o qual é visto
como último recurso) e prega uma abordagem de sistema (onde se constata a integração e não
a interface).
No entanto, ao avaliar as empresas brasileiras, Novaes (2001, p. 54) aponta que estas
se encontram basicamente na primeira ou segunda fase do desenvolvimento logístico e que
esse atraso se deve, principalmente, (1) à estrutura organizacional inadequada, (2) à base
informacional inadequada; (3) à concentração de esforços nas funções puramente financeiras;
(4) à recessão do país, que implica na redução a demanda de produtos; (5) à dificuldade de
estabelecimento de parcerias com elementos da cadeia; e (6) a um sistema de custos
ineficiente e sem integração.
Para que se consiga implantar esta estrutura integrada do processo de produção e
logística, possibilitando a economia de custo total para determinado nível de serviço, é
necessária a definição das estratégias de posicionamento logístico e de estruturação.
3. Estratégias de posicionamento logístico e estruturação
Atualmente, a busca pela integração das operações de produção e logística é essencial
para se garantir a competitividade das empresas, as quais são constantemente pressionadas
para reduzir o nível de estoque, agilizar o atendimento ao cliente e customizar seu
produto/serviço em massa. Para que esta integração ocorra de maneira articulada e a
organização consiga potencializar alguma das duas formas de vantagem competitiva pregadas
por Porter
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(1986) e, posteriormente, trazidas para logística por Christopher (1997, p. 2) –
diferenciação de seus concorrentes e operação em baixo custo –, as organizações devem
decidir sobre o posicionamento estratégico mais adequado para o seu contexto. Essa decisão,
de acordo com Wanke (2003, p. 58), abrange cinco tópicos essenciais, denominados
“categorias de decisões”, que são: coordenação do fluxo de produtos, política de produção,
alocação de estoques, dimensionamento da rede de instalações e escolha dos modais de
transporte.
Com relação à coordenação do fluxo de produtos a importante decisão a ser tomada
diz respeito ao responsável pelo acionamento do fluxo de produtos, o qual pode ser o elo da
cadeia que se encontra mais próximo cliente – e dessa forma considera-o como puxado – ou o
elo mais próximo do fornecedor dos insumos – onde o fluxo é chamado de empurrado. Esta
decisão está intrinsecamente relacionada com a visibilidade da demanda e o lead time (tempo
de ciclo de ressuprimento) da organização, onde, quanto menor o lead time e maior a
visibilidade da demanda, mais próxima estará a organização de optar por um fluxo puxado.
Caso contrário, tende-se a preferir um fluxo empurrado. Esta é a decisão mais importante a
ser realizada, pois determina as demais estratégias da organização.
A política de produção a ser adotada pode ser contra-pedido (make to order,
egeneering to order ou assembled to order) ou voltada para estoque (make to stock). A
organização deve optar pela mais otimizada, considerando o grau de perecibilidade e
obsolescência dos produtos e o custo adicionado total. Quanto maior a obsolescência e o custo
adicionado, pende-se para uma produção contra-pedido, enquanto que o aumento da
perecibilidade implica em tendência a optar por uma produção para estoque.
A escolha da alocação dos estoques depende das características do produto -
densidade de custos, perecibilidade e obsolescência - e da demanda - giro do estoque e
amplitude de vendas -, tendo como alternativas a centralização ou descentralização. Tem-se
que o redução da amplitude de vendas e da densidade de custos contribuem para uma decisão
de descentralização de estoques.
O dimensionamento da rede de instalações está associado com a alocação dos
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estoques, sendo possível a construção de muitas unidades (onde se percebe seu caráter
descentralizado de alocação de estoques) ou a adoção de uma ou poucas unidades (que
caracterizam a centralização do estoque). Esta decisão é importante, pois impacta o nivel de
serviço, os gastos com transporte e armazenagem e os custos de oportunidade.
Por fim, para se completar o posicionamento da organização frente a sua operação
logística, deve-se decidir sobre o modal de transporte a ser utilizado, onde a existência de um
trade off entre preço/custo e desempenho é o principal fator de decisão. Usualmente, são
adotados modais mais lentos e baratos (ferroviário e marítimo) para transporte de grandes
carregamentos, enquanto que são adotados modais mais rápidos e caros (aéreo e rodoviário)
para cargas com alta densidade de custo e para demandas mais variáveis.
Pode-se notar que todas as decisões acima tomadas estão interligadas, tendo como
ponto decisivo a opção adotada para o fluxo de produção, idealizando a maximização a
eficiência da cadeia, de forma a otimizar o custo de oportunidade de manutenção de estoque.
Percebe-se que a opção pelo fluxo empurrado, geralmente remete a organização a produzir
para estoque, descentralizando-o em muitas redes de instalações e adotando modais mais
baratos para transporte dos produtos. Nesse posicionamento, a possibilidade de falta do
produto para o cliente obriga as organizações fazerem previsão de vendas, produzindo de
forma a constituírem maiores estoques, entretanto, minimizando o custo com a distribuição.
Já no fluxo puxado, tem-se a condição mais ideal no que tange a possibilidade de
redução de estoques, tendo em vista que o elo direcionador está mais próximo do cliente,
recebendo uma informação mais real, e a cadeia de suprimentos consegue produzir em curto
prazo, de modo a não afetar o tempo de espera aceito pelo consumidor. Sua produção pode ser
contra-pedido ou para estoque. No caso de feito contra-pedido, seu estoque tenderá a ser
centralizado em uma ou poucas redes de instalações e serão utilizados modais mais rápidos e
caros (rodoviário e aéreo).
Mesmo tendo definido qual o posicionamento logístico mais adequado para a cadeia
de suprimentos, isso somente não é sinônimo de alta performance. De acordo com Fisher
(1977, p.106) a prática apresenta disfunções que somente são corrigidas a partir do momento
que o gestor adota uma estratégia adequada para sua situação. Essa estratégia esta relacionada
com o tipo de produto que é comercializado pela organização e que podem ser classificados
como funcionais ou inovadores.
Produtos funcionais são mercadorias de necessidades básicas (commodities).
Geralmente apresentam uma demanda constante e estável e longos ciclos de vida, o que
convida à competição, geralmente com baixa lucratividade. Produtos inovadores são aqueles
que apresentam falta de previsibilidade da demanda e curtos ciclos de vida, no entanto sua
margem de contribuição é mais significativa. O sucesso de um produto inovador depende da
aceitação dos consumidores no que tange à mudança de algo em seus valores ou estilo de
vida.
Tem-se que, tipos diferentes de produtos implicam em cadeias de suprimentos
distintas. Dessa forma, as estruturas podem ser voltadas para uma cadeia de suprimentos (1)
calcada na eficiência ou (2) baseada na responsividade (disponibilidade). Para caracterizar os
tipos de cadeias devem-se considerar suas duas funções: a de custos físicos – custos de
produção, transporte e armazenagem de estoque – e a de custos de mediação do mercado –
onde os custos aumentam quando a produção excede a demanda e os produtos são vendidos
abaixo do preço; ou quando a produção é inferior à demanda, resultando em perda de vendas
e gerando insatisfação dos consumidores.
A demanda previsível dos produtos funcionais facilita a mediação de mercado. Este
tipo de produto gera estoque, tendo como enfoque a redução dos custos através da
implantação de sistemas por toda a cadeia, postergando a montagem do produto. Para estes
produtos preconiza-se uma cadeia de suprimentos eficiente, com uma melhor coordenação
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através dos limites das agentes da cadeia – fornecedores e distribuidores.
Já nos produtos inovadores a incerteza do mercado gera stockouts. As altas margens de
lucro e a importância de ganhar market share para o produto novo aumentam os custos de
armazenagem. O curto ciclo de vida dos produtos aumenta o risco de obsolescência e o custo
de excesso de mercadorias, o que, consequentemente, tornam os custos de mediação de
mercado predominantes neste tipo de produto. O principal ponto de defesa destes produtos é
reagir rapidamente às ameaças externas, o que torna essencial uma perfeita comunicação do
mercado para a cadeia. Neste caso a decisão a tomar será em que parte da cadeia deve-se
posicionar os estoques de forma a minimizar o custo e se proteger contra a demanda.
Necessita-se então dos fornecedores mais rápidos e flexíveis, ao invés de mais baratos.
Para produtos inovadores deve-se desenvolver uma cadeia de suprimentos responsiva
de forma a oferecer a melhor solução para cada situação. Para se caminhar nesta direção o
Fischer (1977, p.114) aponta que o primeiro passo a ser dado é aceitar que a incerteza é
inerente aos produtos inovadores e, a partir daí, empregar três arranjos estratégicos para
gerenciar as incertezas: (1) continuar se esforçando para reduzir as incertezas (por exemplo,
através da utilização de indicadores ou da utilização de componentes comuns a outros
produtos funcionais); (2) evitar as incertezas, reduzindo o lead time e aumentando a
flexibilidade da cadeia de suprimentos; (3) proteger contra a incerteza residual, com a
utilização de estoques de amortecimento de demanda ou excesso de capacidade. Empresas
que trabalham com produtos inovadores almejam a todo tempo uma “customização de
massa”, ou seja, personalizar grandes volumes de produtos e entregá-los com preço
semelhante aos de produção em massa.
Tendo em vista que os produtos funcionais e inovadores podem ser basicamente os
mesmos, algumas vezes as empresas podem gravitar de uma esfera funcional para uma esfera
inovadora sem se atentar para isto, o que pode resultar em um desempenho abaixo do
mercado.
Tem-se que uma das principais falhas que as empresas geralmente cometem é
trabalhar com produtos inovadores, mantendo uma cadeia de suprimentos eficiente, ao invés
de aprimorar sua responsividade. Posto isso, pode-se concluir que a escolha inadequada do
posicionamento aliado ao desalinhamento entre a estratégia do produto e da produção pode
causar problemas de perdas financeiras e de insatisfação dos consumidores frente aos
produtos, ou até mesmo, à organização.
4. Considerações finais e problemática de pesquisa
Percebe-se que a logística tem se tornado cada vez mais fundamental para as
organizações. Dessa forma, a formação cada vez mais freqüente de cadeias de suprimentos
gerenciadas faz com que as organizações passem a competir não mais individualmente, mas
sim através do desempenho de suas cadeias de suprimento. Entretanto, todas as perspectivas
ora apresentadas de evolução e formação de cadeias de suprimentos preconizam a existência
de uma grande organização que possua recursos suficientes para possibilitar a integração e o
desenvolvimento de Pequenas e Médias Empresas (PMEs) participantes. Tende-se então a
uma situação que apresente uma crescente oligopolização destas cadeias, tendo em vista que
sua competitividade pode tornar inviável a participação de outras empresas, principalmente,
das PMEs que não estão inseridas em nenhuma cadeia. Desse modo, surge a seguinte questão:
De que forma as PMEs do setor automobilístico, situadas na região metropolitana
de Belo horizonte, que não estão inseridas nas cadeias de suprimentos gerenciadas podem
competir com as que estão inseridas, do ponto de vista de suas estratégias de
posicionamento e estruturação?
Para tanto, pode-se realizar uma pesquisa qualitativa, exploratória, através de um
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estudo de múltiplos casos de algumas PMEs do setor automobilístico da região metropolitana
de Belo Horizonte. Deve-se analisar tanto PMEs que estão inseridas em SCM, quanto as que
estão alheias. Esta pesquisa seria de extrema importância para caracterizar as estratégias
atuais de atuação e estruturação das PMEs, posicioná-las de acordo com a evolução logística e
propor alternativas, baseado nas teorias atuais, para que se tornem mais competitivas.
5. Bibliografia
BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São
Paulo: Atlas, 1993. (cap. 1. “Logística – uma função essencial na empresa”).
BAKER, Michael J. Administração de Marketing. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimento: estratégias para a redução de
custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira, 1997 (cap.1. “A logística e a estratégia competitiva”).
CHRISTOPHER, M. A Logística do marketing: otimizando processos para aproximar fornecedores e
clientes. São Paulo: Futura, 1999. p.8-40, 130-163.
FISHER, Marshal L. What is the right supply chain for your product? Harvard Business Review, march-april,
1977, p. 105-116.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3a ed. São Paulo: Atlas, 1996. 159p
NOVAES, A.G. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição. Rio de Janeiro: Campus, 2001. (cap. 2.
“Da logística ao supply chain management”).
WANKE, P. Estratégia logística: conceitos implicações e análise da realidade brasileira. In: FIGUEIREDO,
K. F.; FLEURY, P. F.; WANKE, P. (orgs). Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos. São Paulo:
Atlas, 2003.
Nota:
1 Michel Porter em seu texto “Competitive strategy”, de 1980, apresenta que uma organização pode diferenciarse
de seus concorrentes de três formas, pelo enfoque, diferenciação e custo. No entanto, apesar de muito
debatidos, apenas os dois últimos conceitos são realmente aceitos como formas de vantagens competitivas pelos
acadêmicos, tal como expressa Christopher em seu livro “Logística e gerenciamento da cadeia de suprimento:
estratégias para a redução de custos e melhoria dos serviços”, de 1997.
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