sábado, 25 de junho de 2016

Administrando o estoque no varejo

Administrando o estoque no varejo

gestao-novembroA essência de qualquer empresa de varejo é atender ao cliente de forma rápida e imediata, garantindo um nível de serviço que deve ser, se não 100%, muito próximo a isso. Neste segmento, ao contrário de alguns outros, o estoque é algo absolutamente necessário e faz parte do negócio.
Não ter o produto não só significa perder a venda imediata, como também pode gerar perda de vendas futuras, considerando que a imagem da falta de produto fica na memória do cliente e este pode não voltar ao estabelecimento. Por outro lado, sabemos que manter estoques custa caro, pois requer uso de capital de giro, implicando em custos de oportunidade e do espaço físico.
A multiplicação de SKUs, a redução do ciclo de vida dos produtos por conta da aceleração constante das mudanças tecnológicas e da moda e o aumento da capilarização são fatores que dificultam ainda mais a previsão das vendas, que orientam o dimensionamento dos estoques no varejo.
Quando falamos em gestão de estoques, é necessário ficar claro que o varejo possui grande quantidade de variáveis a serem gerenciadas, gerando a necessidade de utilização de técnicas e ferramentas específicas, que muitas vezes são bastante diferentes das que se aplicam a indústrias e outros segmentos.
Abaixo seguem algumas dicas para os varejistas que desejam melhorar a gestão dos seus estoques:
1- Investir em softwares especialistas: para atender aos objetivos de manutenção de estoques enxutos, e ao mesmo tempo garantir elevado nível de serviço aos clientes, qualquer que seja o tipo ou comportamento de um produto, a utilização de um software especialista que utiliza algoritmos matemáticos é recomendada tanto para a gestão dos estoques propriamente dita, quanto para o tratamento do Forecast (previsão) de vendas.
2- Produtos Diferentes, Estratégias Diferentes: no varejo não há como generalizar, e sendo assim, as estratégias de gestão devem ser focadas ao tipo e comportamento dos produtos, que podem ser gerais ou até mesmo por Ponto de Venda.
•Itens de demanda constante, são de demanda previsível e podem ser gerenciados no automático (modelo lote, lead-time, estoque de segurança), devendo-se entender questões particulares como data de validade para evitar perdas. Normalmente representam uma pequena parcela dos SKUs mas uma parte representativa no faturamento, sendo pecado exceder os estoques destes itens, priorizando baixa cobertura, alto giro e reposições constantes.
•Itens de demanda pontual, cuja demanda tem menor previsibilidade e o desvio padrão é mais elevado, normalmente se constituem em itens de maior valor agregado e admite-se uma cobertura maior que os itens de demanda constante. O varejista pode negociar com os fornecedores os tamanhos de lotes, e mesmo trabalhar em um processo de consignação para manter estoques contábeis reduzidos.
•Itens sazonais que são de fácil gestão e previsibilidade, porém requerem planejamento prévio do capital de giro e espaço de armazenagem.
•Itens de coleção, normalmente no segmento da moda (vestuário, calçados, etc.), que se caracterizam pelo curto ciclo de vida e alta imprevisibilidade, demandando modelos de gestão mais complexos para se evitarem os chamados saldos, aqueles itens que precisamos “queimar” porque encalham.
3- Acordos com fornecedores: em qualquer caso é importante que o varejista busque desenvolver acordo com os fornecedores (independentemente do tipo de produto ou demanda), com o foco em reduzir tamanhos de lotes, reduzir lead times e aumentar frequências de entrega. Com isto, os estoques a serem mantidos sempre serão os menores possíveis por SKU, garantindo-se, porém, o sortimento necessário para manter o efeito “gondola cheia”, necessário para atrair os consumidores. Dependendo do fornecedor, com tecnologia de informação é possível trabalhar com VMI (“vendor managed inventory”, inventário gerenciado pelo fornecedor), que gerencia os estoques e, por meio de protocolos de sistema previamente acordados entre as partes, emitem-se pedidos automáticos de reposição dos estoques.
4- Avaliar modelos de gestão avançados: modelos que são baseados em algoritmos matemáticos, pesquisa operacional e estratégias com base probabilística e estatística:
•Pushing-Pull, adotado principalmente para abastecimento de pontos de vendas, para itens de coleção ou novos produtos, considera o envio de um lote inicial com uma quantidade pequena de cada produto (assumindo-se um risco inicial no nível de serviço), até que se tenham informações para entendimento da demanda, gerando o modelo de gestão para reposição em pequenos lotes.
•Transferências expressas, para itens com demandas muito pontuais, podem-se alocar quantidades em apenas alguns pontos de venda ou no centro de distribuição, que são enviados “sob encomenda” do cliente e de forma expressa. Para isso, é necessário que o item tenha alto valor agregado.
5- Utilizar adequadamente o conceito do “sortimento cauda longa”: resumidamente o conceito de cauda longa se baseia em um Pareto, que mostra que poucos itens atendem ao gosto geral e são consumidos por muitos, enquanto a maioria dos itens são comprados apenas por clientes específicos. Porém, estes itens específicos são fundamentais para chamar os clientes, que por sua vez, consomem os itens de gosto geral que, mesmo com pouca demanda, não podem faltar. Com estas dicas, o varejista pode iniciar uma revisão no processo de gestão dos seus estoques, e nestes tempos de crise, economizar sem perder vendas.
http://www.imam.com.br/logistica/artigos/serie-gestao-de-estoques/2339-administrando-o-estoque-no-varejo

16 comentários:


  1. Deve se haver um planejamento para o estoque, pois como diz no texto a uma sazonalidade de produtos em especifico, mas também não podemos deixar de atender a demanda dos clientes que cada vez mais estão exigentes na escolha de seus produto bem como a qualidade deles. Sabendo diversificar promoções quando o estoque estiver obsoleto , e agregando eventos pontuais aos que tem uma margem maior, fazendo assim o ter uma rotatividade e quando chegar ao nível baixo de estoque negociar com o fornecedor uma nova condição para que se mantenha a venda. Vejo alguns empresários que ao invés de baixar o preço para ganhar na quantidade fazem de modo reversível, enquanto seu concorrente agressivamente mantem estoques enxutos e margens menores para ter uma rotatividade .

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  2. o artigo mostra que as empresas tem q se determinadas em tanto em armazenagens de seus estoques como nas suas saídas ter uma boa equipe de trabalho que tenha um gestão prestativas , ser eficientes e eficaz para atender seus cliente o mais rápido possível , estar sempre atentos nas mudanças der mercado não ficar atras , estar sempre se renovando e buscando avanço tecnológico e se estar se atualizando para não perde espaço do mercado.

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  3. A administração do estoque no varejo, torna-se cada vez mais crescente, pois além de ser necessário e para garantir uma maior satisfação aos consumidores finais os quais estão cada vez mais exigentes, é esta administração pode ser feita com um planejamento de acordo com o giro do produto, e ter profissionais capacitados, além da verificação da demanda. E controlar a sazonalidade com estratégias de gestão. Agregando valor aos mesmos. O varejista também pode optar pela curva abc para a gestão eficiente de seu estoque. Desenvolver e investir em treinamentos aos colaboradores e um sistema eficaz, para reduzir o estoque e atrair a clientela. E gerar uma rotatividade maior e mais lucro.

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  4. Fábio Pós Logística

    Entendi que e de extrema necessidade que a empresa tenha um sistema de informação que se comunique com o produto que você tem em estoque, com a preferencia dos potencias clientes e com o fornecedor para que evite gastos. Estoque: Um satisfatório poder de armazenagem do produto, Cliente: Um Excelente poder de pesquisa com um grupo que faça uma gestão de informações para saber quais melhores potencias de clientes podemos atrair para a empresa e por fim o Fornecedor: trabalhando de forma que o mesmo saiba a quantidade e o que tem mais saída em seu estoque trabalhe sempre enxuto. A parceria com fornecedor pode funcionar de uma forma de que se um produto esteja sem saída, as partes envolvidas trabalhem com redução de valores para que ambas as partes não percam. Mais também não deixe de ganhar.

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  5. O texto acima descreve como realmente deve ser um estoque ideal, nem muito vazio e nem muito cheio, ou seja sempre ajustado para a necessidade do consumidor final.

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  6. A administração de estoque hoje, está sendo um fator prioritario dentro de uma empresa, onde trabalhar com o estoque minimo e maximo e um fator de grande responsabilidade e planejamento, para não ficarem itens a mais ou a menos em seu deposito, trabalhado assim junto com o seu fornecedor de forma conjunta para não haver prejuizos em seus estoque, o cliente do varejo hoje compra só o necessario para sua necessidade, com o páis passando por uma crise, as empresas buscar focar seu estoque para não terem prejuizos com seus produtos, assim garantido um estoque minimo possivel, e quando precisar de reposição usa a estrategia de empresa x fornecedor, para não deixar o cliente sair no prejuizo e a empresa vender seu produto sempre.
    A empresa tambem pode optar por fazer uma curva abc do seu estoque, onde irá priorizar os itens que tem maior rotatividade e que dará mais lucro a sua empresa, mantendo sempre um estoque de classe A ativo em seu deposito, e os itens de classe B com uma rotatividade media mantem com uma demanda de 15% do estoque minimo, e os de classe C com uma demanda um pouco menor de saida de 5%. Assim mantendo o seu estoque com seus principais produtos para atender a cliente.

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  7. É preciso ter um sistema de comunicação perfeito, para ter um estoque sempre abastecido, equilibradamente pela demanda de produtos, para que possa satisfazer as necessidades dos clientes, sendo assim temos que nos modernizar o mais rápido possível e investir pesado na modernização dos nossos CDPs.

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  8. A otimização é fundamental para o bom funcionamento do estoque gerando retorno e agilidade tanto para os colaboradores ,clientes facilitando o destino final do produto.flavio augusto de almeida

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  9. É de grande relevância quando o autor diz: "A essência de qualquer empresa é manter o cliente 100% satisfeito ou muito próximo disso" pois só desta forma garantirá sua sobrevivência ou seu crescimento, e para garantir esse propósito no mercado competitivo em que vivemos tem sido um grande desafio dos empresários, porém se os mesmos tiverem em suas organizações seus departamentos e processos alinhados, integrados, otimizados e focados em seus clientes terá como resultado o sucesso.

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  10. O artigo acima deixa bem claro o quanto uma empresa de varejo precisa realizar um planejamento para evitar problemas desnecessários, como um dos mais comuns que seria a falta de determinado produto no mercado, onde o mesmo pode estar sendo substituído por um outro similar.

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  11. No tocante ao Texto contido neste Blog, fica evidente a necessidade do planejamento, da existência do controle através de um sistema (TI) para controle de custo, estoque,periodicidade dos produtos, controle de prazo e custos, validade, vencimento. além de emitir relatórios quem venham a subsidiar decisões e auxiliar no planejamento da gestão do estoque.

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  12. Partindo do princípio que estoque é dinheiro, nenhuma empresa gosta e nem deve mantê-lo parado. Saber administrá-lo corretamente é uma forma de evitar o comprometimento de recursos financeiros da empresa, além de atingir o ponto de equilíbrio entre as compras, vendas, recebimento e estoques.

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  13. O artigo aponta a necessidade e o grau de importância do gerenciamento de estoque nas empresas, uma realidade que está presente no dia a dia das empresas e a falta desse controle compromete processos e mercado.

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  14. Este artigo é fantástico pois apresenta a importância do uso de tecnologias de comunicação no auxilio da gestão do estoque. todos os ponto nele tratados são inteirante aplicáveis e podem ser facilmente adaptados ao qualquer tipo de estoque não necessariamente e exclusivamente estoque varejista. Muito bom!

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  15. hoje a tecnologia deixa tudo mais eficiente e eficaz,dando dinâmica e facilitando o controle de seu estoque contribuindo para o desenvolvimento da empresa e satisfazendo as necessidades dos clientes
    Andreza

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  16. O artigo mostra um assunto muito importante e dicas essenciais na adminstracao de estoque no segmento de varejo. Trabalhando dessa forma com o seu estoque bem equilibrado e planejado, as grandes organizacoes varejistas, consegue espaco no mercado, fidelizando seus clientes e ganhos futuros nas proximas compras. O estoque sendo controlado por um sistema de gerenciamento de armazem e por meio de inventarios diarios ou perioticos, consegue se evitar rapidamnete: uma falta do produto, a permanencia em estoque de produtos proximo do vencimento ou vencidos na loja e a saida para o cliente na hora da compra. Essas informacoes estrategicamente sao importantes para Promocoes dos produtos e sao otimas formas de queimar de estoques parados com validades proximas do seu vencimento gerando faturamneto para o setor varejistas.

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